Transformemos cada minuto em jóia de valor real no serviço do nosso Mestre!
Um dia, atravessando o deserto, um viajante inglês viu um árabe, pensativo, ao pé de uma palmeira. A pequena distância descansavam seus camelos, pesadamente carregados, revelando tratar-se de um mercador de objetos de alto preço, que ia vender suas jóias, perfumes e tapetes em alguma cidade próxima. Aproximou-se o inglês do negociante, com uma saudação jovial:
Bom amigo, saúde! O senhor me parece muito preocupado. Posso ajudá-lo em alguma coisa?
Estou muito aflito, disse o árabe com tristeza, porque acabo de perder a mais preciosa de minhas jóias!
Ora! respondeu o inglês, a perda de uma jóia não devia ser grande coisa para quem, como o senhor, leva sobre os seus camelos tão grandes riquezas. Não será difícil substituí-la.
Substituí-la! exclamou o mercador, bem se vê que o senhor não sabe o valor do que eu perdi!
Mas que jóia era essa? perguntou o viajante, curioso.
Era uma jóia, respondeu-lhe o seu interlocutor, como não se fará outra. Estava encravada num pedaço de pedra da vida, e havia sido feita na ourivesaria do tempo. Adornavam-na vinte e quatro brilhantes, ao redor dos quais e agrupavam sessenta menores. Por aí o senhor vê que tenho razão de dizer que outra igual ninguém fará.
Realmente, disse o inglês, devia ser de grande preço. Não acredita o senhor, entretanto, ser possível adquirir uma outra análoga com muito dinheiro?
A jóia perdida, respondeu o árabe, quedando a cabeça pensativo, a jóia perdida é um dia, e um dia que se perde não se encontra mais.
Foi pensando, talvez, como o mercador árabe, que Horace Mann, apóstolo da instrução nos Estados Unidos, fez publicar este anúncio original:
"Perderam-se duas horas cravejadas de sessenta brilhantes cada uma. Não se dá recompensa a quem as entregar, porque essas jóias não se tornam a encontrar jamais."
Possuidores que somos de uma enorme riqueza, que são os minutos, dias e anos que temos para viver, saibamos aproveitá-los de modo a não termos de chorar, no futuro, dias mal gastos e horas perdidas. Transformemos cada minuto em jóia de valor real no serviço do nosso Mestre!
Fragmento do estudo Mordomia do Tempo - Walter Kaschel, do site PALAVRA PRUDENTE.
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